domingo, 31 de outubro de 2010

RÁPIDO OU DEVAGAR?

DEVAGAR OU RÁPIDO?      

A velocidade de execução dos movimentos é atualmente a variável mais polêmica e discutida, tanto no treinamento em academias, como no esporte de alto rendimento. Há pouco tempo, os laboratórios ainda não haviam levantado informações suficientes sobre como essa variável poderia interferir nas adaptações ao treinamento. Porém, experimentos recentes nos auxiliam a chegar a algumas conclusões sobre o assunto. Estas conclusões diferem  um pouco do que se sabia baseado na experiência. Segundo alguns treinadores experientes,  o melhor e mais eficiente é efetuar a fase concentrica ( parte da execução do movimento contra a gravidade) de maneira um pouco mais rápida e a fase excentríca ( parte da execução do movimento em favor da gravidade ) um pouco mais lenta, freando a carga. Este estudo, publicado na revista MUSCLE INF FORM, da ed. 61 que transcreverei abaixo, e outros artigos sobre este mesmo  assunto, não  mencionam uma prática de alguns professores, que afirmam que quando se executa  o exercício de forma muito  rápida e um maior número de repetições, há uma maior perda de gordura. Na minha modesta opinião, isto é mito, já que acompanho sites e revistas especializadas e nunca vi esta prática. Os fisiculturistas na fase de DEFINIÇÃO gostam de fazer séries com altas repetições para uma maior vascularização, ou seja, para melhorar a irrigação sanguínea no musculo, o que tem ainda o beneficio de levar mais nutrientes e água para o músculo trabalhado.
Independente do que se chega a conclusão neste artigo, o bom mesmo é termos um planejamento do nosso treinamento, seguir a risca este planejamento e fazer uma avaliação no final. Com isto veremos os resultados e saberemos se funciona ou não. Isto é necessário visto que um programa, ou uma forma de se fazer os exercício pode ser bom para um e não ser para outro. Temos que descobrir o que funciona para nós.

Comparação entre: TREINAMENTO COM VELOCIDADES TRADICIONAIS ( TR ) X “SUPER-SLOW VELOCIDADE MUITO LENTAS ( SS )

Estudos observados: Keeler ( Keeler, Finkelstein e colaboradores 2001 ), e Neils ( Neils, Udermann e colaboradores 2005).
No primeiro estudo  foram avaliados os efeitos dos treinamentos TR e SS realizados três vezes por semana e durante dez semanas. Ambos os treinamentos aumentaram significativamente a força, entretanto o TRSS no supino reto ( 34 % versus 11% ), puxador frente ( 27% versus 12%), leg press ( 33% versus 7 %), extensão de joelhos ( 56% versus 24% ) e flexão de joelhos ( 40% versus 15% ). aumentou significativamente mais do que o
No segundo estudo de Neils ( Neils, Udermann e colaboradores 2005) os sujeitos participaram por oito semanas de um programa de treinamento com essas diferentes velocidades. Os grupos TR e SS melhoraram  a força em 6,8 e 3,6 % no agachamento e 8,6 e 9,1 % no supino, respectivamente, entretanto os resultados sugerem que a velocidade tradicional foi mais eficaz. 

CONCLUSÃO: Frente aos treinamentos com velocidades tradicionais e a SuperSlow,  observamos as velocidades tradicionais proporcionando maiores ganhos de força e possivelmente hipertrofia muscular do que os com velocidade “ superSlow ).

Analise de: Treinamento com velocidade rápida


Estudos observados: Chapman ( Chapman, Newton e colaboradores 2006 ) e Farthing ( Farthing e Chilibeck 2003 ).
No primeiro estudo, 12 indivíduos foram submetidos a duas sessões de treino em aparelho isocinético. Observamos com os resultados que os indivíduos que realizaram o protocolo com velocidade rápida sofreram maiores  danos teciduais e incrementos agudos na circunferência do braço. Tais resultados também foram observados no estudo de Farthing e colaboradores ( Farthing e Chillbeck 2003 ), onde 13 individuos foram divididos em dois grupos. Um que realizava apenas a fase concêntrica do movimento e outro que realizava apenas a excêntrica. Na primeira fase do treinameto, a velocidade emprega foi lenta e na segunda fase, rápida. O s resultados observados foram: a maior velocidade de execução na fase excêntrica, juntamente com a menor na concêntrica levaram a maiores respostas hipertróficas.
Os resultados mostram-se polêmicos em relação ao que se convenciona utilizar na prática do treinamento e de certa forma quebrando muitos paradigmas. Uma possível explicação para tal fenômeno observado, talvez esteja na maior incidência de ruptura mecânica das pontes cruzadas ( ligação das proteínas actina e miosina ) que ocorre nas ações excêntricas, ( Friden e Lieber 2001 ). Sendo realizada de uma forma mais brusca ( mais veloz ) e, consequentemente, ocasionando maiores distúrbrios a linha Z dos sarcômeros.

CONCLUSÃO: Com os resultados desses estudos, a conclusão que podemos chegar é que se as ações excêntricas forem realizadas com maiores velocidades e as concêntricas com menores, parece haver uma maior incidência de danos teciduais e consequentemente, uma maior sinalização de reparo e ganhos de força e hipertrofia muscular.
 
VOCÊ SABIA? 
  •  Que no treinamento funcional, um mesmo exercício combina vários movimentos, como agachar, girar, avançar e levantar. 
  • Que a sua condição física é que determina a intensidade do seu treino.
  • Com mais flexibilidade e consciência corporal, você diminui o risco de se machucar no esporte. Esta aptidão é adquirida com o treinamento funcional.
  • Que entre 2006 à 2009, a proporção de pessoas com excesso de peso subiu de 42,7 % para 46,6 %. E o percentual de obessos cresceu de 11,4 % para 13,9 % no mesmo período.
  • Que além de refrescar, a água de coco fornece sais minerais, evita desidratação e o desgaste físico.

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